Introdução
Eu escolhi o Futebol porque é um dos desportos que eu mais gosto de praticar e de assistir e gostava de saber qual é a maneira correcta de jogar.
Também gostaria de saber quem criou este desporto, onde foi criado, como se pode praticar, o que é preciso para o fazer entre outras coisas fundamentais para a realização de uma partida deste desporto.
Neste trabalho constam as regras, as entidades organizadoras, as origens (do futebol) entre muitas outras coisas como as respostas às minhas
Procurei informações em diferentes fontes e tentei resumi-la para que o trabalho não ficasse muito extenso, e pudesse ser lido e entendido por todos aqueles que se interessam por este tema.
Faço votos para que este meu trabalho seja útil na resposta às interrogações, que muitas vezes, surgem enquanto assistimos a uma partida de futebol. Tenho consciência de que ficarão alguns aspectos menos desenvolvidos do que outros mas, posso fazer a continuação deste trabalho, um dia mais tarde.
Espero que apreciem ler este trabalho, tanto quanto eu apreciei fazê-lo!
O Futebol
O futebol, (do inglês association football ou simplesmente football) é um desporto de grupo jogado entre duas equipas de 11 jogadores cada uma e um árbitro que se ocupa da correcta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo.
Origens
A actividade mais antiga que se assemelha ao futebol moderno, da qual se tem conhecimento, data dos séculos III e II a. C. Esta informação foi recolhida num manual de exercícios, que se atribui à dinastia Han da antiga China. O jogo era chamado ts'uh Kúh (cuju), e consistia em lançar uma bola com os pés para uma pequena rede. Uma variante incluía uma modalidade onde o jogador deveria passar pelo ataque dos seus adversários. Também no Extremo Oriente, embora cerca de cinco ou seis séculos depois do cuju, existia uma variante japonesa chamada kemari, que tinha um carácter mais cerimonial, sendo o objectivo do jogo manter uma bola no ar passando-a entre os jogadores. O kemari ainda hoje é praticado no Japão, em eventos culturais.
No Mediterrâneo destacaram-se duas formas de jogo: o harpastum, em Roma, e o epislcyros, na Grécia, sobre o qual há pouca informação. O primeiro era disputado por duas equipas num terreno rectangular demarcado e dividido pela metade por uma linha. Os jogadores de cada equipa podiam passar uma pequena bola entre eles, e o objectivo do jogo era enviá-la para o campo contrário. Esta variante foi muito popular entre os anos 700 e 800, e, apesar de ter sido introduzida nas Ilhas Britânicas, a sua ascensão até ao futebol moderno, é incerta.
Durante a Era dos Descobrimentos, começaram a conhecer-se desportos provenientes do Novo Mundo. Estima-se que o pok ta pok da cultura maia teria 3 000 anos de história. Na Gronelândia também se jogava um desporto que se assemelhava ao futebol, enquanto que o jogo denominado marngrook, da Oceania, tinha características semelhantes ao futebol australiano. Onde hoje se localizam os Estados Unidos os nativos praticavam outros jogos: o pasuckuakohowog na área continental central e o asqaqtuk no Alasca.
Embora estes jogos tivessem certas características semelhantes ao futebol e outros desportos variados modernos, as características dos mesmos, nos desportos actuais é discutível, já que praticamente não há vínculos dos mesmos com as Ilhas Britânicas, o berço do futebol moderno.
em zonas circunvizinhas distintos tipos de jogos de equipa, os quais eram conhecidos como códigos de futebol. Estes códigos foram-se unificando com o passar do tempo, mas foi na segunda metade do século XVII que ocorreram as primeiras grandes unificações do futebol, que deram origem ao rugby, ao futebol americano, ao futebol australiano etc. e, ao desporto que hoje é conhecido em grande parte do mundo como futebol.
Os primeiros códigos britânicos caracterizavam-se por terem poucas regras e pela sua extrema violência. Um dos mais populares foi o futebol escolar. Por esta razão o futebol escolar foi proibido na Inglaterra por um decreto do Rei Eduardo III, que alegou ser um desporto não-cristão, e a proibição perdurou por 500 anos. O futebol escolar não foi a única forma de jogo da época; de facto existiram outras formas mais organizadas, menos violentas e até se desenvolveram fora das Ilhas Britânicas. Um dos jogos mais conhecidos foi o calcio fiorentino, originário da cidade de Florença, na Itália, no período da renascença, no século XVI. Este desporto influenciou em vários aspectos o futebol actual, não só nas suas regras, mas também pelo ambiente de festa em que se jogava.
Unificações do século XIX
Entre 1857 e 1878 foi utilizado um conjunto de regras de futebol que também deixaria características ao futebol moderno: o Código Sheffield, também conhecido como as
regras de Sheffield. O código, criado por Nathaniel Creswick e William Prest, adoptou regras que ainda hoje são utilizadas, como o uso de um travessão (poste horizontal) de material rígido, no lugar da fita que se usava até o momento. Também foi adoptada a utilização de pontapés livres, pontapés de canto e arremessos laterais como métodos de reintrodução da bola ao jogo.
Embora estas unificações de futebol levassem a vários avanços para a criação do futebol moderno, 26 de outubro de 1863 é considerado, por muitos, como o dia do nascimento do futebol moderno. Nesse dia, Ebenezer Cobb Morley iniciou uma série de seis reuniões entre 12 clubes de distintas escolas londrinas na Taberna Freemason's, com o objectivo de criar um regulamento de futebol universal e definitivo, que fosse aceite pela maioria. Concluídas as reuniões, em 8 de Dezembro, onze dos doze clubes chegaram a um consenso, para estabelecer 14 regras, num novo regulamento, o qual recebeu o nome de association football, para o diferenciar das outras formas de futebol da época. Apenas o clube Blackheath se negou a apoiar a criação destas regras, e acabou mais tarde por se tornar um dos criadores de outro desporto famoso, o rugby.
O regulamento utilizado como base para o futebol foi o Código de regras de Cambridge, excepto dois pontos do mesmo, que eram considerados de muita importância para as regras actuais: o uso das mãos para transportar a bola e o uso dos tackles (contacto físico brusco para roubar a bola ao rival) contra os adversários. Este foi o motivo do abandono do clube Blackheath. Com o tempo, o futebol e o rugby foram-se afastando e, acabaram por ser reconhecidos como dois desportos distintos.
Aquando da criação do novo conjunto de regras foi criada a Football Association, órgão que rege até hoje o futebol na Inglaterra. Nessa época, os estudantes das escolas inglesas desenvolveram as abreviaturas rugger e soccer (derivado de "association"), para designar ambos os desportos: o rugby e o futebol, respectivamente. Este último termo é maioritariamente utilizado para designar o futebol nos Estados Unidos.
Primeiros eventos
Já com as regras do futebol bem definidas, começaram a disputar-se os primeiros jogos e torneios desta nova modalidade.
Em 30 de Novembro de 1872, Escócia e Inglaterra disputaram a primeira partida oficial entre selecções nacionais, jogo que acabou num empate sem golos. A partida foi disputada no Hamilton Crescent, actual campo de críquete, em Partick, Escócia. De Janeiro de Março de 1884 foi disputada a primeira edição do British Home Championship, que até seu fim foi o torneio entre selecções mais antigo da história. O primeiro título foi ganho pela Escócia.
Em 20 de Julho de 1871, um jornal britânico propôs a criação de um torneio que fosse organizado pela Football Association, o primeiro passo para a criação da Taça da Inglaterra. Nesse ano, a Football Association era composta por 30 equipas, mas apenas 15 decidiram participar da primeira edição do torneio, a FA Cup 1871-1872, que foi ganha pelo Wanderers F.C. A primeira competição da liga chegou na temporada 1888/1889 com a criação da Football League. Participaram 12 equipas filiadas na FA, e cada uma jogou 22 partidas. Este torneio foi vencido pelo Preston North End Football Club, que conseguiu o feito de vencer invicto.
Expansão internacional
Com o passar dos anos, o futebol expandiu-se rapidamente nas Ilhas Britânicas, surgindo assim novas associações de futebol além da inglesa, as quais representavam as quatro regiões constituintes da então Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda: a Scottish Football Association (Escócia, fundada em 1873), a Football Association of Wales (País de Gales, 1875) e a Irish Football Association (Irlanda, 1880). No final dos anos 1880 o futebol começou a expandir-se rapidamente fora do Reino Unido, principalmente devido à influência internacional do Império Britânico. Os primeiros países a possuírem as suas próprias associações de futebol fora das Ilhas Britânicas, foram os Países Baixos e a Dinamarca, em 1889, a Nova Zelândia, em 1891, a Argentina em 1893, o Chile, a Confederação Helvética e a Bélgica em 1895, a Itália em 1898, a Alemanha e o Uruguai em 1900, a Hungria em 1901, a Noruega em 1902 e a Suécia em 1904.
O auge do futebol a nível mundial motivou a criação da FIFA em 21 de Maio de 1904. As associações fundadoras foram as da Bélgica, da Espanha, Dinamarca, França, Países Baixos, Suécia e Suíça. Em 1916 foi fundada a Confederação Sul-Americana de Futebol, que nesse mesmo ano organiza a primeira edição do Campeonato Sul-americano de Futebol, actual Copa América. Este torneio mantém-se, até hoje, como o mais antigo da história do futebol entre selecções nacionais, dos que ainda existem. Nessa primeira edição participaram: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, que foi o campeão.
Uruguai foi escolhido como a sede da primeira edição da Copa do Mundo, que ocorreu no ano do centenário da primeira Constituição uruguaia. A selecção uruguaia tornou-se a primeira campeã da história da competição. A segunda edição do torneio ocorreu em 1934, na Itália, e foi utilizada pelo ditador Benito Mussolini como propaganda do seu regime. A competição foi marcada pela intervenção de Mussolini, que fez de tudo para que a selecção italiana obtivesse o título, inclusive, ameaçando os árbitros da final. A terceira edição do torneio também foi marcada por Mussolini, que antes da final entre a Itália e a Hungria, enviou um telegrama à sua selecção, ameaçando os jogadores de morte. Finalmente a seleção azzurra, que vestiu um uniforme completamente preto representando o Partido Nacional Fascista, venceu a final por 4 a 2.
A Segunda Guerra Mundial teve um efeito similar à primeira, sobre o futebol. Em 1946 as Home Nations, que tinham deixado de pertencer à FIFA depois da Primeira Guerra Mundial, voltaram ao organismo internacional. 10 de maio de 1947 é considerada uma data de vital importância para o ressurgimento da FIFA e do futebol mundial, graças à realização da partida amigável entre a selecção do Reino Unido e uma selecção de jogadores europeus, o Resto da Europa XI, no denominado Jogo do Século. O jogo foi disputado em Hampden Park, Glasgow, Escócia, diante de 135.000 espectadores. A selecção britânica venceu o jogo por 6 a 1, e o valor arrecadado na bilheteira da partida, foi doada à FIFA para a ajudar na sua refundação. A primeira edição da Taça do Mundo FIFA depois da Segunda Guerra Mundial ocorreu no Brasil em 1950. A conquista da selecção uruguaia no lembrado Maracanaço coroou uma revitalização da FIFA e do futebol mundial.
Consolidação
A segunda metade do século XX foi a época de maior crescimento do futebol. O futebol sul-americano já se encontrava organizado desde 1916, ano em que foi fundada a Confederação Sul-Americana de Futebol. mas o desporto noutras regiões começaria a organizar-se nos anos 1950 e 60. Em 1954 e 1955 o futebol europeu e asiático, passou a ser regido pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) e a Confederação Asiática de Futebol (AFC), respectivamente. Na África, foi fundada a Confederação Africana de Futebol (CFA) em 1956; na América do Norte, a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF) em 1961; e por último na Oceania, a Confederação de Futebol da Oceania (OFC) em 1966. Estas organizações filiaram-se na FIFA sob o estatuto de confederações.
Paralelamente à criação das novas confederações, iniciaram-se as disputas dos primeiros torneios regionais de selecções, excepto a Confederação Sul-Americana de Futebol, que já disputava o seu Campeonato Sul-americano de Selecções desde 1916. Em 1956 a AFC realizou a primeira edição da Taça da Ásia, e no ano seguinte a CFA organizou a Taça Africana de Nações. Em 1960 foi criado o Campeonato Europeu de Futebol, que agrupa as selecções da UEFA. Por sua vez, a CONCACAF organizou pela primeira vez a Taça Concacaf em 1963, que mais tarde seria substituída pela Taça Ouro. A Confederação de Futebol da Oceania foi a última a criar seu próprio torneio, a Taça das Nações da OFC, realizada pela primeira vez em 1973.
Influência no mundo
Difusão
O futebol está cada vez mais, um desporto popular em vários países sem muita tradição neste desporto. Esta é uma tendência mundial. Especialmente porque para se jogar futebol precisa-se de poucos recursos e equipamentos, uma bola e uma área plana (ou nem isso). Tanto em países pobres como em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, está acontecer a popularização desse desporto.
Popularidade
Segundo uma pesquisa realizada pela FIFA no ano de 2006, aproximadamente 270 milhões de pessoas no mundo estão activamente envolvidos no futebol, incluindo jogadores, árbitros e directores. Destas, 265 milhões jogam o desporto regularmente de maneira profissional, semi-profissional ou amadora, considerando tanto a homens, mulheres, jovens e crianças. Este valor representa cerca de 4% da população mundial. A confederação com maior percentagem de pessoas activamente envolvidas com o futebol é a CONCACAF, com cerca de 8,53% da população. Em contrapartida, na região da AFC esta percentagem é de apenas 2,22%. A UEFA tem uma percentagem de participação de 7,59%; a CONMEBOL, de 7,47%; a OFC, de 4,68%; e a CFA, de 5,16%. Existem mais de 1,7 milhões de equipas no mundo e aproximadamente 301 000 clubes.O país com mais jogadores que regularmente actuam (excepto crianças) é a China Continental, que possui 26,1 milhões de futebolistas. Em seguida vêm: Estados Unidos (24,4 milhões), Índia (20,5 milhões), Alemanha (16,3 milhões), Brasil (13,1 milhões) e México (8,4 milhões). Por outro lado, a entidade com menor quantidade de futebolistas regulares (exceptuando-se crianças) é Montserrat, com apenas 300 jogadores, seguido das Ilhas Virgens Britânicas (658), Anguila (760) e as Ilhas Turcas e Caicos (950).
Futebol feminino
O futebol feminino tem apresentado um crescimento lento actualmente, principalmente devido a obstáculos sociais e culturais que não permitem o acesso pleno da mulher a este desporto. O primeiro jogo feminino sob as regras de futebol do qual se tem registos ocorreu em 1892, na cidade escocesa de Glasgow. No final de 1921 o futebol feminino foi proibido na Inglaterra, acção não seguida por outros países do mundo. Em 1969 o futebol feminino voltou a ser realizado na Inglaterra, motivo pelo qual começou a expandir-se para outros países. A primeira partida internacional de selecções de futebol feminino ocorreu em 1972, casualmente 100 anos depois do primeiro encontro masculino, onde a Inglaterra venceu a Escócia por 3 a 2. Os primeiros torneios mundiais começaram a ser disputados nos anos 1990: a Taça do Mundo de Futebol Feminino a partir de 1991 e como desporto olímpico desde 1996.
Segundo uma pesquisa realizada pela FIFA, existem cerca de 26 milhões de jogadoras no mundo. Em média, para cada 10 futebolistas (de ambos sexos) existe uma jogadora no mundo.
Economia
Os orçamentos dos clubes de futebol são de diferentes valores, dependendo da região do mundo onde se encontram. Os maiores orçamentos podem ser encontrados na Europa, particularmente nas principais ligas da Alemanha, Espanha, Itália e Inglaterra. Em grande parte da América do Sul as maiores receitas devem-se às transferências de jogadores para as ligas europeias, aos fundos fornecidos por transmissões de televisão e à publicidade nas camisolas dos jogadores. Na Europa, os direitos televisivos, a publicidade, a venda de bilhetes e o merchandising cobrem grande parte do orçamento.
Entende-se por passe a transferência de um jogador de um clube para outro mediante o pagamento de uma soma em dinheiro que é paga pelo clube que recebe o jogador para o que o perde. Alguns jogadores possuem passes com valores muito altos.
Os dez passes mais altos da história: | |||||
# | Ano | Jogador | Origem | Destino | |
1 | 94 | ||||
2 | 73,5 | ||||
3 | 67,2 | ||||
4 | 60 | ||||
5 | 55 | ||||
6 | 54,1 | ||||
7 | 50 | ||||
8 | 47 | ||||
9 | 46 | ||||
10 | 46 |
Violência
A violência no futebol é quase tão antiga quanto o próprio desporto. As suas origens remontam aos jogos de futebol escolar durante a Idade Média, que se caracterizavam por não terem regras e pelo uso desmedido da violência. Em 1314 foi criada a primeira restrição desse desporto para evitar a crescente onda de violência que ele criava. A primeira manifestação de violência no futebol moderno, de 1863 em diante, ocorreu em 1885, quando uma partida entre as equipas inglesas de Preston North End e Aston Villa acabou numa brutal luta entre jogadores de ambas equipas.
Os grupos violentos de uma claque recebem várias denominações, mas destacam-se alguns como barra bravas, hooligans ou ultras. Na América do Sul um dos países que mais tem sido afectado pela violência no desporto é a Argentina, que ao longo de sua história teve mais de 220 casos de vítimas fatais de incidentes em campos de futebol ou arredores. Na Itália a violência relacionada com futebol vai ainda mais longe. Os denominados ultras italianos caracterizam-se pelos seus insultos racistas e inclusivé pelo fabrico de armamento para as batalhas que efectuam antes, durante e depois dos jogos.
A violência no futebol resultou em situações ainda piores, como a chamada Guerra do Futebol. Esse conflito armado teve como causa uma série de jogos disputados pelas selecções de futebol de El Salvador e Honduras, válidos pelas eliminatórias da Taça do Mundo FIFA de 1970, que foi disputada no México.
Para evitar estes problemas, a FIFA promove uma campanha chamada Fair Play ou Jogo Limpo, que convida os participantes deste desporto para mostrar valores que fazem crescer o futebol. Anualmente a FIFA entrega um ou mais prémios a pessoas, clubes, associações ou entidades de qualquer natureza que transmitem os valores do Fair Play.
As regras
O futebol infantil é um claro exemplo de variação das regras, onde se destaca o tamanho do campo e o número de jogadores por equipa.
O futebol é regido actualmente por 17 regras, as quais são utilizadas mundialmente, ainda que dentro das mesmas sejam permitidas certas modificações para facilitar o desenvolvimento das modalidades feminina, infantil e veterana. Embora as regras sejam claramente definidas, existem certas diferenças na aplicação das mesmas que se devem a vários aspectos. Um aspecto importante é a região onde é realizado o jogo. Por exemplo, na Europa, particularmente na Inglaterra, os árbitros destacam-se por serem mais brandos com as faltas e infracções, reduzindo desta maneira as advertências e expulsões, enquanto que noutros lugares, por exemplo na América do Sul, as faltas são penalizadas com cartões com mais frequência.
As regras do jogo estão definidas pela International Football Association Board, organismo integrado pela FIFA e pelas quatro associações do Reino Unido. Para se aprovar uma modificação, a mesma, deve ter pelo menos os votos da FIFA e de 2 das 4 associações britânicas.
Campo de jogo
Campo de jogo do futebol.
O futebol joga-se num campo de relva natural ou sintética de forma rectangular. As medidas permitidas do terreno são de 90 a 120 metros de comprimento e de 45 a 90 metros de largura, mas para jogos internacionais recomendam-se as seguintes medidas: entre 100 e 110 metros de comprimento, e entre 64 e 75 metros de largura. As duas linhas localizadas ao longo do terreno recebem o nome de linhas laterais, enquanto que as outras são chamadas linhas de fundo. Os pontos no meio de cada linha lateral são unidos por outra linha, a linha de meio-campo.
Sobre o centro de cada linha de fundo e entrando no campo ficam a grande área, as pequena área e as balizas. As chamadas balizas, são constituídas por dois postes verticais (conhecidos como traves) de 2,44 metros de altura localizados a 7,32 metros de distância um do outro e sobre o centro de cada linha de fundo. As partes superiores dos postes são unidas por outro poste horizontal, conhecido como trave.
As grandes áreas são áreas rectangulares centradas com as balizas, dentro do campo. As linhas que delimitam a grande área são traçadas a 16,5 metros dos postes verticais, entrando também 16,5 metros no interior do campo, e unidas por outra linha maior. O traçado da pequena área é semelhante, mas com uma medida de 5,5 metros.
Início do jogo
Cada uma das duas equipas joga com no máximo 11 jogadores e no mínimo 7. Durante a partida podem-se substituir jogadores por outros, denominados suplentes. Um dos jogadores titulares deverá ser o guarda-redes. É permitido que um guarda-redes e outro jogador da equipa troquem de posição durante o jogo, se for durante o intervalo e com o consentimento do árbitro.
Cada jogador deverá utilizar um vestuário básico, que é constituído por t-shirt ou camisola com mangas, bermudas, meias, caneleiras e duas chuteiras. As cores do vestuário de ambas as equipas e a de ambos os guarda-redes devem ser claramente diferentes. Os capitães (jogadores representantes de cada equipa) devem ter alguma marca identificadora para serem chamados pelo árbitro quando for necessário, geralmente é uma braçadeira.
O futebol é jogado com uma bola de forma esférica que deve ser de couro ou outro material adequado. A sua circunferência deve ser entre 68 e 70 centímetros, a sua massa de 410 a 450 gramas e, a sua pressão de 0,6 a 1,1 atmosferas ao nível do mar. Os jogadores podem tocar e mover a bola com qualquer parte do corpo, excepto os membros superiores. O guarda-redes tem a vantagem de poder utilizar qualquer parte do corpo para isso mas, apenas dentro de sua grande área.
Cada jogo é controlado por um árbitro principal designado pela organização da competição em questão, que será a autoridade máxima da partida e o encarregado de fazer cumprir as regras do jogo. Todas as decisões do árbitro são definitivas. Apenas ele pode modificar uma decisão, sempre que não tenha reiniciado o jogo ou o mesmo não tenha terminado. Além disso tem à sua disposição dois árbitros auxiliares para o ajudar nas decisões. Existe também um quarto árbitro a seu dispor que é o que confirma as dúvidas que possam surgir e, além disso, controla os suplentes e o corpo técnico. O quarto árbitro também indica as substituições e o aumento do tempo regulamentar.
Para iniciar o jogo, um ou mais jogadores de uma equipa movem a bola do meio campo, momento em que começa a correr o tempo regulamentar. Esta situação inverte-se no início da segunda parte. Também acontece depois de cada golo marcado, quando a equipa que o sofreu, executa a acção.
Duração e resultado
Embora o regulamento não especifique um tempo fixo de duração dos jogos, recomenda-se 90 minutos por jogo, divididos em dois tempos de 45 minutos, com 15 minutos de intervalo entre ambos os períodos. Cada organização fixa um tempo para cada jogo da mesma, mas no decorrer dos jogos sempre se perde algum tempo de jogo por várias razões, como substituições e faltas. Por isso o árbitro principal de cada jogo pode adicionar minutos extras em cada tempo.
O objectivo do desporto é marcar mais golos que o rival. Considera-se que uma equipa marcou um golo quando se introduz a bola por completo entre as traves verticais e por debaixo do trave do rival, sempre e quando não é cometida uma infracção às regras do jogo previamente. O golo é a única forma de marcar no futebol. Se ambas as equipas marcam o mesmo número de golos, a partida é considerada empatada.
Em muitos casos, quando o jogo termina em empate, existem formas de resolver a situação, como por exemplo jogar um prolongamento que é constituída por dois tempos, geralmente de 15 minutos cada um, dando-se continuidade à partida inicial. Além disso, existiam duas formas que resultavam no fim do jogo, antes do tempo previsto: a morte súbita (golo de ouro) e o golo de prata. Esses métodos foram abolidos em 2004.
Se a igualdade persistir, ocorrerá a marcação de pontapés de grande penalidade. Cada equipa executa remates de forma alternada até totalizar cinco cada uma. Se após os dez remates a igualdade permanecer, continuar-se-ão a marcar até que se defina um vencedor.
A utilização da prorrogação e da disputa por penaltis é uma forma muito utilizada no futebol contemporâneo, sendo o principal exemplo disso as fases eliminatórias da fase final da Taça do Mundo FIFA. Em algumas competições é realizada a cobrança de penaltis logo após o término do tempo regulamentado, sem passar por uma prorrogação. Um bom exemplo deste sistema são as fases eliminatórias da Copa América.
Em todos estes exemplos se joga uma única partida, mas existem outros torneios onde as fases eliminatórias são jogadas em duas partidas, as chamadas partidas de ida e volta. Para determinar se a chave (ambas as partidas) terminou em empate, são somados os golos a favor de ambas as equipes nas duas partidas, e se resultam no mesmo número de golos para cada uma das duas equipes, diz-se que a chave terminou empatada. Em alguns casos, se a chave termina empatada, utiliza-se um sistema de desempate com prorrogação ou penaltis, que são realizados ao término da segunda partida da chave.
Em algumas chaves eliminatórias considera-se outra forma de desempate prévio à prorrogação ou os penaltis: os golos do visitante. Se ao término de ambas as partidas ninguém supera o rival em número de golos, conta-se o número de golos convertidos por cada equipa na partida que jogou como visitante. Se uma equipe marca mais golos como visitante depois de jogadas as partidas, será a vencedora da chave, mas se persistir o empate também nesse critério, realizar-se-á a prorrogação e disputa de penaltis. Um exemplo deste sistema são as fases eliminatórias da Copa Libertadores da América e da Liga dos Campeões da UEFA.
Cada vez que um jogador golpeie ou tenta golpear outro jogador, o empurre, o retenha para obter vantagem, lhe cuspa ou toque a bola com seus membros superiores (excepto o guarda-redes), o árbitro marcará um pontapé livre directo a favor da equipe que recebeu a infracção, que se realizará desde o local da infracção. Se ocorrer dentro de uma das áreas, independentemente da posição da bola, e se esta estava em jogo, é marcado um penalti contra a equipe infractora.
Se um jogador joga de forma perigosa, dificulta a um adversário ou impede o guarda-redes de pegar a bola com suas mãos, é marcado um tiro livre indirecto a favor da equipe que recebeu a infracção, que será cobrado do local onde ocorreu a infracção. Além disso, será marcado um tiro livre indirecto se o guarda-redes manter a bola em suas mãos por mais de seis segundos ou tocar a bola logo depois de tê-la tocado e a soltado (excepto se o árbitro entender que não havia como não soltá-la), tê-la recebido de um companheiro ou directamente de um arremesso lateral.
Um jogador poderá receber um cartão amarelo (advertência) ou vermelho (expulsão), se cometer alguma infracção especificada no regulamento. Se um jogador recebe um cartão vermelho, será expulso de campo e não poderá ser substituído por outro. Se um jogador recebe dois cartões amarelos na mesma partida, receberá um cartão vermelho e será expulso. Os cartões são uma forma de obrigar ao cumprimento das regras do jogo pelos jogadores.
Se a bola sai de campo pela linha de fundo logo após ser tocada por um jogador da equipa que está na defensiva, será concedido pontapé de canto à equipa rival. Se for tocada pela última vez por um jogador da equipa atacante, será concedido pontapé de baliza à equipa adversária. Caso a bola saia de campo por uma das linhas laterais, a equipa adversária à do jogador, que a tocou pela última vez, terá direito a um lançamento lateral.
Entidades organizadoras
Confederações da FIFA.
(Rosa-escuro) Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF) na América do Norte, Central e no Caribe (incluindo as Guianas).
(Verde) Confederação Sul-americana de Futebol (CONMEBOL) na América do Sul (excepto as Guianas e Trinidad e Tobago.
O corpo director do futebol a nível internacional é a Federação Internacional de Futebol (Fédération Internationale de Football Association), mais conhecida pelo seu acrónimo FIFA, com sede em Zurique, Suíça. Este organismo se sustenta em cinco princípios principais para garantir o bom desenvolvimento do desporto: melhorar o futebol desde seu carácter universal, educacional e cultural, assim como melhorar os valores humanos que sustentam o mesmo; organizar competições do desporto; elaborar um regulamento para manter o espírito do jogo; controlar as distintas formas de futebol, adotando medidas para melhorar as mesmas; e impedir certas práticas que afetem a essência do desporto.
A FIFA não se dedica unicamente nos detalhes organizativos do desporto, mas também promove melhorias na infra-estrutura futebolística de cada país, particularmente nos mais pobres, por meio do Programa Goal. O mesmo inculca aspectos táticos, técnicos, de saúde e organizativos às populações desses países, ajudando-os no crescimento do futebol interno. O Programa não financia a construção de estádios, mas apoia financiando centros de treinos, material para treinar e elementos de oficina para as associações. Actualmente 185 associações nacionais são beneficiadas pelo programa, que completou ou está organizando 292 projectos.
Devido ao constante crescimento da FIFA, foram criadas ao longo da história seis confederações regionais, cujos objectivos são similares aos da FIFA. As mesmas estão encarregadas de coordenar todos os aspectos do desporto em cada região. Para que uma associação seja membro de uma confederação, não deve necessariamente ser afiliada à FIFA.
Por sua vez, dentro de cada confederação há associações de futebol, que representam um país e, em algumas ocasiões, um território ou estado não reconhecido internacionalmente. Salvo casos excepcionais, há somente uma associação por país ou território, e em caso de existir mais de uma, somente uma pode estar afiliada a sua confederação. Em alguns casos a associação principal do país tem afiliadas a ela outras sub-associações para ajudá-la na organização do desporto. Cada associação organiza o futebol de seu país independentemente de sua confederação, mas em alguns casos, por exemplo, para classificar clubes para torneios internacionais, ditos clubes devem estar garantidos pela associação ante a confederação. Em alguns casos, uma equipe pode estar afiliada directa ou indirectamente a uma associação sem estar afiliada a uma confederação.
Também é necessário mencionar a NF-Board, organização que agrupa as associações não afiliadas nem à FIFA, nem à nenhuma de suas confederações. A grande maioria de suas associações pertencem a territórios e estados não reconhecidos politicamente a nível internacional. A única competição desse organismo é a Taça do Mundo VIVA
Principais competições internacionais
Selecções
A nível de selecções nacionais, o torneio mais importante é a Copa do Mundo FIFA de Futebol, que é disputada desde 1930. Antes da criação da Copa do Mundo, particularmente durante os anos 1920, a competição de futebol dos Jogos Olímpicos era considerada a principal competição do desporto, ainda que actualmente se mantém como um torneio secundário onde se permitem jogadores menores de 23 anos, com até três jogadores que extrapolem esse limite de idade por equipe. No futebol feminino, o equivalente à Copa do Mundo é a Copa do Mundo de Futebol Feminino.
A nível das confederações da FIFA, os torneios mais importantes são a Copa América (América do Sul) Campeonato Europeu de Futebol (Europa) e; embora com menos importância, a Copa Africana de Nações (África), a Copa Ouro da CONCACAF (Américas do Norte, Central e Caraíbas), a Copa Asiática (Ásia) e a Copa das Nações da OFC (Oceania).
O torneio mais importante para jogadores jovens é a Campeonato Mundial de Futebol Sub-20, que recebe equipes classificadas do Campeonato Sul-Americano de Futebol Sub-20 (América do Sul), do Campeonato Europeu de Futebol Sub-19 (Europa), do Campeonato Juvenil da CAF (África), o Campeonato Sub-20 da Concacaf (Américas do Norte, Central e Caribe), o Campeonato Juvenil da AFC (Ásia) e Campeonato Sub-20 da OFC.
Clubes
Em cada país os clubes de futebol frequentemente afiliam-se a associações ou ligas que organizam torneios oficiais entre eles, de onde surgem os campeões nacionais e as equipes que participarão de torneios internacionais. Não existe um sistema único de torneios e cada liga nacional organiza-os de acordo a suas tradições. Em geral, a maioria dos países tem dois torneios principais no ano: Brasil (Brasileirão e Copa do Brasil), Espanha (Liga e Copa del Rei), Itália (Série A e Copa Itália), etc. Em alguns casos os campeões de ambos os torneios disputam "supertaças" anuais entre si. A Inglaterra tem um sistema de campeonato principal (a Premier League) e em seguida várias taças nas que participam equipas de distintas divisões. O Brasil tem um sistema de campeonatos estatuais, além de ter um Campeonato Nacional (Brasileirão) e a Copa do Brasil. No México existe somente um campeonato anual dividido em dois torneios semestrais (Apertura e Clausura).
Internacionalmente, a competição mais importante historicamente foi a Taça Intercontinental, que foi substituída em 2005 pelo Taça do Mundo de Clubes da FIFA. A nível continental as competições mais importantes são a Copa Libertadores da América (América do Sul) e a Liga dos Campeões da UEFA (Europa), torneios cujos vencedores disputavam a Taça Intercontinental. A partir de 2005, a recém-criada Copa do Mundo de Clubes da FIFA recebe também os vencedores da Liga dos Campeões da CAF (África), da Copa dos Campeões da CONCACAF (América do Norte, América Central e Antilhas), a Liga dos Campeões da AFC (Ásia) e a Liga dos Campeões da OFC (Oceania). Também a nível continental destacam-se as competições secundárias da América do Sul e Europa: a Copa Sul-americana e a Copa da UEFA respectivamente.
FUTEBOL
Melhores Praticantes
Pélé
Todos os amantes do futebol com certeza já ouviram falar de Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido por Pélé. É considerado por muitos como o melhor jogador de todos os tempos. Passou por três equipas: Santos Futebol Clube, New York MetroStars (onde terminou a sua carreira) e na Selecção Brasileira onde ganhou 3 Mundiais em 1958,1962 e 1970,
Maradona
Este jogador é uma das maiores lendas do futebol argentino, nasceu a 30/10/1960.Na Argentina passou pelo Boca Juniors, e Rosario Central, em Espanha passou pelo Barcelona, pelo Sevilha e em Itália fez uma passagem brilhante pelo Nápoles. Pela Selecção Argentina de Futebol jogou 4 Mundiais: o de 1982, de 1986, (onde marcou o golo mais bonito na história dos Mundiais contra a Inglaterra e obteve a vitória final) o de 1990 e jogou apenas alguns jogos do de 1994 onde foi apanhado pelo controlo anti- doping. Teve um problema de toxicodependência mas já foi tratado correctamente em Cuba.Já treinou o Racing Club, clube da Argentina e a Selecção Argentina de Futebol.
George Best
George Best foi um jogador norte-irlandês nascido em Belfast a 22 de Maio de 1946 e morreu a 25 de Novembro de 2005 em Londres. É considerado o melhor jogador norte-irlandês de todos os tempos. Jogou durante 21 anos e passou pelos seguintes clubes: Manchester United, Duntsable Town, Stockport County, Cork Celtic, Los Angeles Aztecs,Fulham, Fort Lauderdale Strikers,Hibernian,San Jose Earthquakes,Bournmouth,Brisbane Lions e Tobermore United.Teve um problema gravíssimo com álcool(que provocou a sua decadência no futebol) e esteve hospitalizado e foi submetido a um transplante de fígado. A sua mulher também admitiu que foi esmurrada pelo antigo jogador.
Eusébio
Eusébio da Silva Ferreira nasceu em Lourenço Marques (actualmente Maputo) a 25 de Janeiro de 1942. Deu os seus primeiros passos no futebol no Sporting Lourenço Marques aos 15 anos onde marcou uns incríveis 77 golos em 42 jogos (marca que atingiu em três anos). De seguida transferiu-se para o Benfica onde jogou durante 15 anos. No clube de Lisboa marcou 727 golos em 715 partidas e ganhou 2 Taças dos Campeões Europeus que equivalem a 2 Ligas dos Campeões. Depois do Benfica teve passagens curtas pelos seguintes clubes: Rhode Island Oceaneers, Boston Minutemen, Monterrey, Beira-Mar, Toronto Metro-Croatia, Las Vegas Quiksivilers, New Jersey Americans e União de Tomar. Nestes clubes jogou 84 jogos e marcou 41 vezes. Também jogou pela Selecção Nacional 64 vezes e marcando 41 vezes. Ainda pela Selecção jogou o Mundial de 1966 onde marcou 9 vezes arrecadando o título de melhor marcador da competição.
Conclusão
Depois de concluído o trabalho espero que me ajude, que nos ajude a todos nós a compreender este complexo desporto.
Espero que tenham gostado tanto de ler o trabalho tanto como eu o gostei de elaborar. Manuel
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